Entre as bandas de Rock brasileiras, pode-se afirmar que Engenheiros do Hawaii está entre as que possuem mais variedades tonais durante o percurso do grupo. Da música Pop a moda Paralamas do Sucesso até o Rock progressivo, em suas músicas o conteúdo crítico se alia a inspirações de plurais fontes: desde o existencialista Sartre, até o grupo Pink Floyd, passando por Camus e Chico Buarque, por exemplo.
No campo harmônico, as cifras dos Engenheiros do Hawaii trazem, geralmente, acordes simples (formado pelos 1º, 3º e 5º de cada acorde), mas com rápido ritmo e veloz mudança de posição entre um e outro.
Desde 1985 (ano de formação), a banda sofreu alterações estilísticas e históricas, passando por diversas fases, chegando a grande popularidade. Por essa razão a seguir é narrada a história da banda, destacando os álbuns e músicas relevantes, e também, fala-se das cifras dos engenheiros do Hawaii mais procuradas na internet, apresentando as características básicas da música.
A banda de Rock Engenheiros do Hawaii nasceu de uma apresentação como critica às paralisações das aulas do curso de Arquitetura em que os quatro membros iniciais estudavam, na cidade de Porto Alegre. A banda é marcante pela troca de seus membros: desde a formação somente o vocalista Humberto Gessinger permaneceu no grupo. No próprio ano de 1985 a banda se apresenta em shows alternativos, e grava o primeiro disco (Longe demais das capitais) chegando rapidamente ao sucesso devido à inserção em temas de novelas da Rede Globo de Televisão. Estilisticamente, a primeira fase do grupo é marcada por nuances entre a crítica e o Pop-Rock. A música destaque do primeiro disco se chama Toda Forma de Poder e Longe demais das Capitais. O segundo álbum concede a fama ao grupo; A Revolta dos Dândis, de 1987, inova também a estética do grupo que se embasa na filosofia francesa para composição de suas letras, tornando-se, ao mesmo tempo, em uma banda de Rock and Roll progressivo.
A mudança para o Rio de Janeiro faz com que a banda confeccione um Cd ao vivo, oriunda de uma apresentação no famoso Canecão. Em 1990, a música (Era um Garoto Que Como Eu Amava Os Beatles e O Rolling Stones) torna-se famosa, ela é integrante do álbum (O Papa é Pop). Dentro desse álbum, na estética, o grupo insere mais instrumentos sintéticos, como o teclado tocado pelo próprio Humberto, e músicas em formato de balada como (Pra Ser Sincero), esta é também a época que o New York Times elogia a estilística da banda. Uma revolução estética ainda acontece durante os anos 90, onde a banda mixa ao seu estilo campos harmônicos da MPB, com notas diminutas nas transições tonais, por exemplo. Isso os leva ao show acústico e a outro com a ornamentação filarmônica. Houve um período de transição dentro da história dos engenheiros do Hawaii, quando Gessinger mudou o nome da banda e trocou a composição básica do grupo, voltando a se chamar Engenheiros do Hawaii quando o nome Gessinger trio não aplacou.
Uma nova era começa no começo do segundo milênio quando há a inserção do grupo no segundo Rock in Rio, a banda novamente muda a estética básica para o Punk e Pop, como nos álbuns ao vivo (10000 destinos e 10001 destinos). Desde 2004 a banda se dedica a shows e gravações acústicas, como as músicas Vida Real e Armas Químicas e Poemas lançados pela MTV em 2004. Quando eles terminaram a turnê em 2008, prometeram retornar em 2011.
A procura pelas cifras e letras dos engenheiros do Hawaii na internet é grande, suas harmonias possuem rápida troca de acordes e são indicadas a pessoas que queiram treinar a sincronia entre a mão esquerda e a direita, no violão e na guitarra, por exemplo. Também são indicadas para apurar o ritmo, uma vez que é fácil perdê-lo na troca de acordes. Indica-se 10000 Destinos, Era um Garoto que Como Eu Amava os Beatles e os Rolling Stones, Pra Ser Sincero, Piano Bar, Eu Que Não Amo Você, Até o Fim, uma vez que são as mais procuradas na internet.
Pode-se afirmar que a banda tem um caráter crítico em suas letras, como a conhecida critica a globalização por parte de Humberto, e também abre espaço ao Rock brasileiro em diversas variações (Progressivo, Punk, Pop, MPB, etc…).
Engenheiros do Hawaii - O Papa é Pop
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